sexta-feira, 30 de abril de 2010

VIOLÊNCIA INSTITUCIONALIZADA EM MARACANAÚ

Guardas Municipais Agridem Dirigentes Sindicais e Servidores

Quarta-feira dia 28 de abril o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maracanaú reuniu a categoria em Assembléia Geral para deliberar sobre a proposta de reajuste apresentada pelo governo municipal. Após discussão e aprovação da pauta, o presidente da entidade Eudasio Menezes, informou aos servidores que na noite do dia 27 de abril os dirigentes do Sindicato dos Professores, haviam sido vítimas de agressão por parte de alguns elementos que integram a guarda municipal de Maracanaú. Em seguida propôs que a categoria aprovasse uma nota de solidariedade aos companheiros agredidos, sendo a proposição aprovada pela unanimidade dos presentes.
SEGUE A NOTA
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maracanaú - SISMA, vem a público se solidarizar com os companheiros professores e dirigentes sindicais do Sindicato dos Professores dos Profissionais em Educação do Município de Maracanaú - SUPREMA, ao tempo em que repudia com veemência a atitude de alguns elementos que integram o corpo da guarda municipal de Maracanaú, que em mais um de seus diversos momentos de desequilíbrio e insanidade mental agrediram física e moralmente, inclusive ameaçando sob a mira de arma de fogo os companheiros que de forma ordeira e, sobretudo democrática acampavam em frente a Secretaria de Educação, onde pacificamente, reivindicam do governo municipal o cumprimento da lei federal que estabelece o piso salarial dos profissionais do magistério, entre outras reivindicações da categoria. É preocupante vermos que uma instituição criada para proteção do patrimônio público, agrega alguns elementos que em diversas ocasiões tem demonstrado estar totalmente despreparados para o desempenho de uma atribuição dessa natureza, havendo inclusive casos de guardas que agrediram o público participante das festas promovidas pelo município, e mais recente outro que foi preso embriagado atirando em via pública, com o agravante que isso ocorre sob os olhares inertes do Cel. Castelo Branco, Comandante Geral daquela corporação.
Diante da gravidade de tais fatos, sob pena de conivência, é dever legal do prefeito Roberto Pessoa, adotar providências imediatas e urgentes no sentido de punir exemplarmente estes elementos que desqualificada e despreparadamente usam da força bruta, típica do período ditatorial brasileiro para reprimir trabalhadores que legítima e constitucionalmente reivindicam melhoria de salário e qualidade de vida. Da forma que está sendo conduzida a política administrativa do município em relação aos servidores públicos, com retiradas de direitos, opressão, ameaça e espancamento,, infelizmente estamos caminhando para revivermos em Maracanaú o evento que deu origem ao dia do trabalho -1º de maio - quando a policia matou doze pessoas e espancou dezenas de trabalhadores que lutavam por seus direitos.