terça-feira, 18 de agosto de 2009

ECONOMIA PARA QUEM?

Os servidores municipais vêm sofrendo nos últimos meses, com a fúria implacável e a ganância do governo municipal que vem diariamente tolhendo-lhes conquistas históricas e direitas assegurados no estatuto dos servidores, e outras em lei, de autoria do próprio prefeito, que conforme a conveniência cria-as e revoga-as ao seu bel prazer, como a retirada do adicional por tempo de serviço, provocando uma perda média de 20% na remuneração de mais de 500 servidores, modificando de forma arbitrária e ilegal a metodologia de cálculo da hora extra, reduzindo seu valor de R$ 13,50 para R$ 5,00, representando uma perda de 60%, negando-lhes ainda garantias legalmente assegurada a exemplo da insalubridade dos agentes de combate as endemias, que mesmo com a previsão legal e um laudo que respalda o pagamento, o prefeito nega-se a pagar. Já em relação aos auxílios transporte e refeição este direito também é negado para aqueles que ganham os menores salários que são os que mais necessitam do benefício.
Enquanto isso, a população sofre com o descaso na saúde, já que as unidades básicas de saúde da família (postos de saúde), onde deveria funcionar o PSF, de segunda a sexta-feira de 08h00min as 17h00min, apesar dos médicos receberem remuneração superior a R$ 6.000,00, os usuários são mal assistidos, enfrentando longas filas e em muitos casos sequer são atendidos, em conseqüência da falta dos profissionais médicos e principalmente de medicamentos e materiais básicos, ainda segundo usuários e servidores dos vários postos de saúde que visitamos a válvula de escape para essa carência é o encaminhamento dos pacientes para o hospital municipal, onde são atendidos por profissionais que ganham pouco mais de R$ 700,00. Essa é a rotina vivenciada atualmente pelo povo maracanauense e pelos servidores de nível médio, que ficam no atendimento direto a população, tentando confortá-los pela falta da assistência e a omissão permanente da secretaria de saúde.
Indiferente a tudo isso o secretário de saúde, o prefeito e seus assessores, sequer passam nas unidades de saúde já que todos têm assistência particular, preferindo ficar com informações virtuais prestadas por um pequeno bando de bajuladores que demonstram uma realidade que existe somente nas telas de computadores e de data-show.
Outro exemplo desse descaso encontra-se na unidade de saúde do Piratininga, onde não se consegue sequer o atendimento odontológico e o motivo está perfeitamente justificado no aviso afixado na parede, ou seja, a cadeira encontra-se quebrada.
Pergunta-se: Porque mesmo com tanto dinheiro tirado do bolso dos servidores, mais humildes a saúde continua sem funcionar ou quando funciona é de forma precária? Aonde vai todo esse dinheiro tirado dos servidores (nível médio), que se sacrificam para dar o melhor atendimento possível, mesmo com as péssimas condições de trabalho e achatamento constante em seus salários?